O deputado Danilo Forte (PSB-CE) afirmou nesta terça-feira, 24, durante audiência pública da Comissão Especial da Câmara que analisa a prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU) e que contou com a presença do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que o País precisa resgatar a credibilidade, os investimentos e limitar as despesas públicas.
De acordo com o parlamentar, o índice pretendido pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 4 de 2015 em desvincular as receitas do Orçamento federal não pode ser aprovado. Ele que votou contrário a admissibilidade da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) até aceita um índice menor, pois considera que a maioria do Parlamento deverá aprovar a matéria.
“Nós estamos numa crise de credibilidade. E numa crise de credibilidade, a desvinculação diminui o espaço para a transparência. Quando se pega quase 1/3 do Orçamento e dá a liberdade para que seja desvinculado, já está criando um novo ambiente de priorização de pagamentos. E este novo ambiente (de prioridades) tem sido na contramão da expectativa do que o País quer e daquilo que a gente deseja”, disse.
Na oportunidade, o socialista cearense lembrou ao ministro Levy que o Brasil “tem um déficit de infraestrutura e logística de mais de R$ 670 bilhões”. “Somos um País ávido por investimento. Um País que tem tudo a se fazer para crescer e se desenvolver. E uma política rentista de juros altos e o pagamento destes juros – que tem sido uma prioridade para o governo – tem levado ao País esta situação de caos que nós estamos vivendo”, comentou.
Danilo Forte falou também que o País precisa limitar as despesas públicas e “sair do mundo da ficção, do país de Alice, para cair no mundo real”.
“A gente tem que modificar esta política de juros. Estes juros altos estão acabando com o País. E aí buscar um mecanismo de negociação com os credores para que uma parte destes juros volte para o investimento, até para gerar liquidez dos pagamentos dos juros e amortizações futuros. Porque do jeito que está nós não vamos ter condições de pagar sequer a taxa de juros que estão pagando hoje”, completou. (Da Ascom)
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